“Pai santo, pelo poder do teu nome, o nome que me deste, guarda-os para que sejam um, assim como tu e eu somos um.” Jo 17: 11b
No ano de nosso Senhor Jesus Cristo de mil quinhentos e sessenta, firmara-se, nos ideais Calvinistas, o presbiterianismo do escocês John Knox. Uma história nascia. Uma igreja histórica nascia. Solícita amadurecia, também em territórios americanos, embebida no desejo de expandir o reino da graça e da esperança de nosso Salvador: chegara, não a galope, mas desembarcara com Ashbel Green Simonton em doze de agosto de mil oitocentos e cinquenta e nove (os cento e cinquenta anos os quais comemoramos de Presbiterianismo no Brasil) em território brasileiro.
Desses cento e cinquenta anos, cento e seis aniversaria nossa Igreja Presbiteriana Independente – após uma triste divisão do “corpo de Cristo”, não perdemos, contudo, o Espírito o qual nos move a orar, a vivermos em “novidade de vida” e a evangelizar. O ensejo deve, portanto, levar-nos a reflexão: o Presbiterianismo brasileiro vive ainda os moldes da Reforma? Ainda é uma igreja reformada a reformar-se?
Que faria Jesus em nossos dias? Sairia a pregar a boa notícia: “sou o caminho, a verdade e a vida”, “o bom pastor”, “a fonte de água da vida”, “pão da vida”, “a ressurreição e a vida”, “a videira verdadeira”.
“Somos embaixadores de Cristo”, nossa missão é pregar o Evangelho, as boas novas da salvação e vivê-las. Pregar a mensagem da cruz de Cristo, porquanto nela encontramos salvação (e todas as promessas), representa, pois, nossa esperança, o motivo de nossa fé e pela qual há de se viver – “A teologia da cruz é, portanto, no passado e no presente, uma teologia de esperança para os desesperados, da aparente fraqueza e loucura da Igreja cristã.” (excerto parafraseado por Mark Shaw de Lutero). Se morremos com Ele; temos de viver como e para Ele, pois “Se continuarmos a suportar o sofrimento, também reinaremos com Cristo.” (II Tm 2:12).
Lutemos, portanto, pela unidade da Igreja: “Como fiel soldado de Cristo Jesus, tome parte no seu sofrimento. Pois, no serviço ativo, um soldado quer agradar o seu comandante e por isso não se atrapalha com os negócios da vida civil.” (II Tm 2:3-4). Trabalhemos pela construção do corpo de Cristo “Desse modo todos chegaremos à unidade na nossa fé e no nosso conhecimento do filho de Deus. E assim seremos pessoas maduras, pois cresceremos até alcançar a altura espiritual de Cristo.” (Ef 4: 13).
No simbólico trinta e um de julho, reflitamos nossa condição de cristãos: somos pequenos ungidos e temos como mandamento, da parte de nosso Senhor, pregar, viver segundo os preceitos bíblicos, exortar, amar, reformar-se... em Espírito e em Verdade! Celebrar a vida do Cristo ressurreto nos sacramentos que “trazem a morte de Cristo e todos os seus benefícios à nossa lembrança, para que a nossa fé possa ser mais bem exercida.” (Calvino). Porque exercer a fé é semeá-la nos corações arados pelo Senhor, nosso Deus, corações inóspitos e sedentos de amor e de salvação. “Porque somos dominados pelo amor que Cristo tem por nós, pois reconhecemos que um homem morreu por todos, o que quer dizer que todos tomaram parte na sua morte. Ele morreu por todos para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que morreu e ressuscitou para o bem deles.” (II Co 5: 14-15).
Soli Deo Gloria