segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Ágape: amor de Deus


Tudo que Deus fez e faz é admirável, lindo e digno de veneração. Adoramos um Deus que fez tudo por nós!
De fato o amor é a razão de existirmos, o amor é expresso em toda a narrativa bíblica.
Creio que podemos amar as obras de Deus, contudo, acontecerá apenas quando formos agraciados com o Espírito Santo, Espírito esse que é todo amor. Na carta aos Gálatas 5: 22-23, Paulo fala sobre os frutos do Espírito e o amor é um deles. O amor não é um dom, mas um presente de Deus.
Todo o Novo Testamento circunda o amor: por amor Deus entregou Seu Filho, por amor Jesus nasceu de uma mulher e tornou-se homem, morreu numa cruz e ressuscitou, por amor Deus enviou Seu Espírito como primícia da glória futura, como marca de Sua propriedade, por amor enviou Cristo seus discípulos para falar da salvação conseguida apenas por Seu nome, por amor Deus nos criou e em Cristo nos tornou seus filhos e co-herdeiros da graça.
Tudo que temos e somos foi dado por amor. Aqueles, no entanto, que desconhecem essas bênçãos jamais amarão a Grécia, o Brasil ou qualquer outro país. Sem o amor de Deus nunca amaremos o outro e faremos tudo que o Senhor nos orientou.
Quando dizemos que conseguimos amar por nós mesmos estamos pecando. Tudo que leva à vaidade é pecado e não provêm da fé!
O apóstolo João também falou do amor: como podemos dizer que amamos a Deus a quem nunca vimos e não amamos nosso irmão que vemos? I João 4:20
Consigo apenas falar de amor sob o prisma cristão. Tudo que eu tinha como bom e de valor hoje é lixo. Não consigo imaginar minha vida sem o amor de Deus, mesmo quando olho para todas as pessoas que não reconhecem Deus como Senhor e Criador de tudo, vejo a misericórdia e o amor de Deus fluir, porque Deus é amor e por amor de nós conduz a humanidade, permite que o mal esteja no mundo e entre nós para que quando O conheçamos de fato, possamos olhar para nossas vidas e reconhecer todo Seu cuidado conosco.
O apóstolo Paulo pediu que Deus retirasse o espinho de sua carne, mas Deus o advertiu: "'A minha graça é tudo o que você precisa, pois o meu poder é mais forte quando você está fraco.' Portanto, eu me sinto muito feliz em me gabar das minhas fraquezas, para que assim a proteção do poder de Cristo esteja comigo." II Coríntios 12:9

Não é possível a ninguém amar sem que o amor venha do coração de Deus. Cristo disse que seria fácil alguém morrer por um justo, mas e por um pecador? No entanto, Ele morreu por todos nós. Por amor Ele disse que devemos orar por nossos inimigos, difícil? Deus, contudo, faz isso por nós, Ele ora conosco, pois Seu Auxiliador, o Espírito Santo, habita em nós!
O apóstolo João em sua epístola afirma: "Sabemos o que é o amor por causa disto: Cristo deu a sua vida por nós. Por isso nós também devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos." I João 3:16 Creio que era a isso que o apóstolo se referia quando disse: "Sigam o meu exemplo como eu sigo o exemplo de Cristo." I Coríntios 11:1


Deus é todo amor, portanto: amemo-nos!


Shalom Adonai!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia

Leitura: Salmo
O Salmo 1, juntamente com outras passagens da Bíblia, mostra que a ética da tradição judaico-cristã distingue entre comportamentos aceitáveis e não aceitáveis para o cristão. A nossa cultura está mais e mais permeada pelo relativismo moral e cada vez mais distante de referenciais que mostram o certo e o errado. Todavia, os cristãos se guiam pelos referenciais morais da Bíblia e não pelas mudanças de valores que ocorrem em todas as culturas.Uma das questões que tem chamado a atenção do povo brasileiro é o projeto de lei em tramitação na Câmara que pretende tornar crime manifestações contrárias à homossexualidade. A Igreja Presbiteriana do Brasil, a Associada Vitalícia do Mackenzie, pronunciou-se recentemente sobre esse assunto. O pronunciamento afirma por um lado o respeito devido a todas as pessoas, independentemente de suas escolhas sexuais; por outro, afirma o direito da livre expressão, garantido pela Constituição, direito esse que será tolhido caso a chamada lei da homofobia seja aprovada.
A Universidade Presbiteriana Mackenzie, sendo de natureza confessional, cristã e reformada, guia-se em sua ética pelos valores presbiterianos. O manifesto presbiteriano sobre a homofobia, reproduzido abaixo, serve de orientação à comunidade acadêmica, quanto ao que pensa a Associada Vitalícia sobre esse assunto:
“Quanto à chamada LEI DA HOMOFOBIA, que parte do princípio que toda manifestação contrária ao homossexualismo é homofóbica, e que caracteriza como crime todas essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre o homossexualismo como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos.
Visto que: (1) a promulgação da nossa Carta Magna em 1988 já previa direitos e garantias individuais para todos os cidadãos brasileiros; (2) as medidas legais que surgiram visando beneficiar homossexuais, como o reconhecimento da sua união estável, a adoção por homossexuais, o direito patrimonial e a previsão de benefícios por parte do INSS foram tomadas buscando resolver casos concretos sem, contudo, observar o interesse público, o bem comum e a legislação pátria vigente; (3) a liberdade religiosa assegura a todo cidadão brasileiro a exposição de sua fé sem a interferência do Estado, sendo a este vedada a interferência nas formas de culto, na subvenção de quaisquer cultos e ainda na própria opção pela inexistência de fé e culto; (4) a liberdade de expressão, como direito individual e coletivo, corrobora com a mãe das liberdades, a liberdade de consciência, mantendo o Estado eqüidistante das manifestações cúlticas em todas as culturas e expressões religiosas do nosso País; (5) as Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil firma suas crenças e práticas, ensinam que Deus criou a humanidade com uma diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação; e que Jesus Cristo ratificou esse entendimento ao dizer, “. . . desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher” (Marcos 10.6); e que os apóstolos de Cristo entendiam que a prática homossexual era pecaminosa e contrária aos planos originais de Deus (Romanos 1.24-27; 1Coríntios 6:9-11).
A Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a aprovação da chamada lei da homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais.
Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil reafirma seu direito de expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho, conclamando a todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo”.

Rev. Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes
Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie
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