terça-feira, 2 de abril de 2013

Ao correr da pena...

"Há coisas que só se aprende quando ninguém as ensina. E com a vida é assim". Clarice Lispector

Há pouco surgiu-me a ideia: não nos é possível pausar a vida, embora ao correr da pena, consigamos retroceder, repensar e reescrever... O escritor que se dedica ao ofício da palavra: tecê-la, combiná-la, reajustá-la, no diálogo constante da vida, reitera, pondera, indaga-se!
Quanto à vida, é-nos possível reinventá-la? reiterá-la? Unir cada instante, cada fração de vida como o poeta tece sua poesia?

Ao correr da pena, "é hora da escolha": viver é preciso, como o autor a tecer seu livro, na lapidação constante da palavra: inventada ou projetada consoante à vida, ao excerto clariciano: "Há coisas que só se aprende quando ninguém as ensina. E com a vida é assim". Carpe Diem!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Carta de Despedida de Nancy Iriarte Díaz (ex-esposa de Hugo Chávez)

Impressionante, muito profunda a despedida precoce de Nancy Iriarte Díaz,  ex-esposa de  Hugo Chávez;  publicada em 9 de agosto de 2011 num dos jornais venezuelanos de maior circulação: o “El Universal”.

        Hugo, algumas considerações sobre a tua morte que se aproxima:

          Não quero que partas desta vida sem antes nos despedirmos, porque tens feito um mal imenso a muita gente, tens arruinado famílias inteiras, tens obrigado legiões de compatriotas a emigrar para outras terras, tens enlutado um número incontável de lares, aos que achavas que eram teus inimigos os perseguistes sem quartel, os aprisionastes em cubículos indignos até para animais, os insultastes, os humilhastes, os enganastes, não só porque te achavas poderoso, mas também imortal... Porque o fim dos tempos não te alcançaria.

Mas a tua hora chegou, os prazos se esgotaram, o teu contrato chega ao seu fim, teu "ciclo vital" se apaga pouco a pouco e não da melhor maneira; provavelmente morrerás numa cama, rodeado de tua família, assustada, porque vais ter que prestar contas uma vez que dás teu último alento, te vás desta vida cheio de angústia e de medo, lá vão estar os padres a quem perseguistes e insultastes, os representantes dessa Igreja que ultrajastes por prazer, claro que te vão dar a extrema unção e os santos óleos, não uma, mas muitas vezes, mas tu e eles sabem que não servirão para nada, mas só para acalmar o pânico a que está presa a tu alma ante o momento que tudo define.

Morres enfermo, padecendo do despejo, das complicações imunológicas, dos terríveis efeitos secundários das curas que prometeram alongar a tua vida, teus órgãos vão se deteriorando, um a um, tuas faculdades mentais vão perdendo o brilho que as caracterizava, teus líquidos e fluidos são coletados em bolsas plásticas com esse fedor de morte que tanto te repugna.

Diga-me, neste momento, antes que te apliquem uma nova injeção para acalmar as dores insuportáveis de que padeces, vale a pena que me digas que não te possam tirar a dança – ah! – as viagens pelo mundo, os maravilhosos palácios que te receberam, as paradas militares em tua honra, as limusines, os títulos honoríficos, os pisos dos hotéis cinco estrelas, as faustosas cenas de estado... Diga-me agora que vomitas o mingau de abóbora que as enfermeiras te dão na boca, se era sobre isso que se tratava a vida, pois os brilhos e as lantejoulas já não aparecem nos monitores e máquinas de ressuscitação que te rodeiam, as marchas e os aplausos agora são meros bipes e alarmes dos sensores que regulam teus sinais vitais que se tornam mais débeis.

Podes escutar o povo do teu país lá fora do teu quarto?... Deve ser tua imaginação ou os efeitos da morfina, não estás na tua pátria, estás em outro lado, muito distante, entre gente que não conheces... Sim, estás morrendo em teu próprio exílio, entre um bando de moleques a quem confiou entregar teu próprio país, teus últimos momentos serão passados entre cafetões e vigaristas, entre a tua corte de aduladores que só te mostram afeto porque lhes davas dinheiro e poder; todos te olham preocupados e com raiva, nunca deixastes que nenhum deles pudesse ter a oportunidade de te suceder; agora os deixas ao desabrigo e teu país à beira de uma guerra civil... Era isso o que querias? Foi essa a tua missão nesta vida? Esquece-te da quantidade de pobres, agora há mais pobres do que quando chegastes ao poder; esquece-te da justiça e da igualdade quando praticamente lhe entregastes o país a uma força estrangeira que agora teremos de desalojar à força e ao custo de mais vidas.

Tenho a leve impressão que agora sabes que te equivocastes; acreditastes num conto de passagem e te julgastes revolucionário, e por ser revolucionário... imortal; convocastes para o teu lado os mortos, teus heróis, esses fantasmas que também julgavas ter vida, Bolívar, Che Guevara, Fidel, e Marx que nunca conhecestes e que recomendavas a sua leitura... Andar com mortos te levou à magia e aos babalaôs, te metestes a violar sepulturas, e a fazer oferendas a uma corte de demônios e espíritos maus que agora te acompanham... Sentes a presença deles no quarto? Estão vindo te cobrar, recolher a única coisa que deverias valorizar em tua vida e que tão sinistramente atirastes na obscuridade e no mal, a tua alma.

Bem, me despeço; só queria que soubesses que passarás para a história do teu país como um traidor e um covarde, por não teres retificado tua conduta quando pudestes e te deixastes levar por tua soberba, por teus ideais equivocados, por tua ideologia sinistra renunciando aos valores mais apreciados, a tua liberdade e à liberdade dos outros, e a liberdade nos torna mais humanos.

"O socialismo só funciona em dois lugares: no céu, onde não precisam dele, e no inferno onde é a regra dos que sofrem".

Nancy Iriarte Díaz

terça-feira, 20 de setembro de 2011

À Igreja de Cristo

Quando o Senhor nos chama para servi-lo, transforma as nossas vidas - a vida inútil a qual o apóstolo Paulo declara que levávamos - e concede, graciosamente, no batismo, a dádiva do Espírito Santo pelo qual recebemos a aprovação de Deus, a testemunha que nos garante a salvação, oferecida pelo único nome dado entre os homens para nossa redenção: Jesus Cristo.
Eis a nova vida, o novo olhar sobre o mundo! Sabemos que essa vida na graça que desfrutamos não recebemos por mérito, tampouco, necessitamos fazer algo para merecê-la. Pelo amor, o grande e infinito amor de Deus, é que ganhamos a bênção de participar da Igreja Santa de Cristo - a pedra angular - revestidos dEle, enviados para testemunhar e proclamar o evangelho.
Muitos de nós, quando se fala em missões, pensamos ser preciso abdicar do nosso suposto conforto, abandonar a família, viajar para a África (ou qualquer outro local com necessidades especiais), capacitar-se teoricamente... Não queremos com isso dizer que é o caminho errado, ou desnecessário, contudo, é preciso também lembrar que Jesus quando enviou os setenta alertou que a palavra seria posta em suas bocas! Ora se cremos no Espírito Santo de Deus, o qual nos capacita e envia, cremos também na sua inspiração: as oportunidades de testemunhar com a nossa própria vida: a vida útil e feliz para a qual fomos chamados.
Quando Cristo disse, no sermão da montanha, que devemos ser o sal (o qual dá sabor ao alimento além de conservá-lo), e a luz (com a qual revelam-se obstáculos, aponta o caminho, realça a beleza e dá segurança). Dessa forma, como o sal dá sabor, e a luz ilumina. Todo nosso ser: palavras, atitudes e gestos, revelarão a maneira graciosa como Deus nos amou, mesmo que não sejamos merecedores desse amor.
Muitos de nós também se enganam quando não entendem a predestinação: ora se Deus já preparou e escolheu de antemão para que, então, devemos evangelizar? Continuemos a viver as nossas vidas: frequentar os cultos, a escola dominical! Irmãos, enganamo-nos! Porque fomos chamados para servir, separados, convocados para o bom trabalho do Senhor: os bons administradores da fé, dos dons. A Bíblia também nos alerta: o dom é concedido para o corpo, não para si, para seu próprio benefício, mas sim, do outro, do corpo. Aprendi uma lição preciosa com um autor russo, Dostoiévski: "Devemos ser para outro o que Deus é para nós", será que é preciso acrescentar algo?
Se afirmamos que Deus é bom, o que devemos ser para o outro? Talvez, para alguns, o “silêncio” divino significa ausência, falta de zelo, desamor... Todavia, reflitamos: quando recebemos o abraço e o beijo sincero circundado de amor do outro, a mão estendida, o ombro pré-disposto a amparar, quem toma tais atitudes faz por recompensas do céu? Por gratidão a Deus pela bênção de participar da mesma família? Ou pelo amor fruto do Espírito Santo (Gl 5)?
A boa notícia do Evangelho precisa ser testemunhada por aqueles que usufruem da sua maravilhosa e santa influência. Nós, cristãos, somos chamados pelo Senhor para mostrar ao mundo que o grande obstáculo do pecado impede o pecador de receber a vida eterna; e que em Cristo obtemos o único caminho pelo qual somos conduzidos a Deus; eis a única maneira de se viver tranquilo neste mundo, porquanto depois desta vida desfrutaremos da presença plenificadora de Deus.
Sejamos para o outro aquilo que o Senhor tem sido para nós desde antes da nossa existência: todo amor!
Shalom Adonai!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Cristo: Esperança nossa

Estimados amigos e irmãos em Cristo,

Hoje, pela manhã, enquanto estava no ônibus, meus pensamentos foram tomados pela passagem bíblica acerca do encontro de Simão Pedro, na praia, com Cristo. Depois de todos os acontecimentos da semana da paixão, discípulos e apóstolos regressaram às suas antigas ocupações; afinal, a esperança findou com a morte de Jesus Cristo na cruz! A única esperança, a última esperança, padecera vergonhosamente. A morte era o fim dos sonhos, de um futuro melhor!

Quantos de nós, quando olhamo-nos a nós mesmos, enxergamos um rosto derrotado e abatido, sem motivos para prosseguir?

Alvoreceu, não houvera sucesso na pesca noturna, rostos desanimados... Certamente, voltar à rotina, depois de conhecer o Messias, não era, de fato, uma escolha fácil. "...antes que o galo cante, você dirá três vezes que não me conhece." (Jo 13.38) Tal afirmação devia suscitar, a todo instante, os pensamentos de Pedro. Não havia como não lembrar: os dias de ventura e de alegria ao lado do Mestre, as palavras de sabedoria, o amor, os milagres, a multidão...

O medo, o medo fê-lo negar, não haveria perdão: tudo estava consumado! Era o fim.

Eis que surge a manhã. "Peço que todas as manhãs tu me fales do teu amor, pois em ti eu tenho posto a minha confiança. As minhas orações sobem a ti; mostra-me o caminho que devo seguir!" (Sl 143.8) No horizonte, a cem metros da praia, João avista: "É o Senhor Jesus!" E num ímpeto, Pedro vestiu-se, apressadamente, e lançou seu corpo às águas rumando à praia. Tudo mudaria a partir daquele encontro.

Deliciaram-se com os pães, os peixes e a companhia de Jesus. Ao fim Jesus indagou: "— Simão, filho de João, você me ama mais do que estes outros me amam? — Sim, o senhor sabe que eu o amo, Senhor! — respondeu ele. Então Jesus lhe disse: — Tome conta das minhas ovelhas!" Ainda por mais duas vezes indagou. No texto original grego, sabemos que Cristo inquiriu Pedro a respeito do amor divino, o qual conhecemos como "ágape" (o amor de Deus pela sua criação, pelo qual entregou Cristo para nos salvar e remir); no entanto, nas respostas dele, afirmava o amor "filos" - o qual conhecemos como o amor amigo - reproduziríamos a ideia com o "gostar". Esse era o amor que poderia oferecer naquele instante, era o que conhecia! Apenas no Pentecostes, na decida do Espírito Santo, ele compreenderia e sentiria o amor, o amor ágape, o sublime amor de Deus e sobre o qual anunciaria e viveria na confiança plena da vida eterna.

A inquirição de Cristo, remete-nos ao episódio do olhar de Jesus a Pedro depois de o ter negado: haveria perdão para um traidor? Naquele momento, a insistência de Jesus seria traduzida pela palavra: PERDÃO! Ainda que Pedro se sentisse imperdoado e distante da compreensão do seu Mestre. Ainda que para a lei houvesse o castigo. O amor bradou com uma voz mais forte: Tome conta das minhas ovelhas! Eis a esperança revolvida: o caminho para o qual deveria seguir estava posto diante de seus olhos; a vida de pescador ficaria, definitivamente, para trás.

E eis a mensagem com o qual deparamo-nos quando olhamos para a cruz de Jesus:

Não sei por que de Deus o amor
A mim se revelou,
Por que Jesus, o Salvador,
Na cruz me resgatou.

Mas eu sei em quem tenho crido,
E estou bem certo que é poderoso
Pra guardar o meu tesouro
Até o dia final.

Não sei o modo como agiu
O Espírito eternal,
Que um dia a Cristo me atraiu
Em convicção real.

Não sei o que mal ou bem
É destinado a mim,
Se maus ou áureos dias vêm,
Até da vida ao fim.

Não sei se longe ainda está
Ou muito perto vem
A hora que Jesus virá
Na glória que ele tem.

Ainda que nos sintamos indignos, e não merecedores da graça real de Jesus, a cruz testifica: embora pecadores, Deus nos amou e comprou-nos de volta pela entrega total de Seu Filho amado na cruz do Calvário. Amor pelo qual devemos viver em união com Cristo, com a família, com o irmão e como Igreja restaurada, justificada e santificada pelo Senhor da grei. Amor pelo qual vivemos em novidade de vida, em esperança, confiança e paciência. Amor pelo qual suportamos, com orações, as perseguições, as injustiças, as mortes e as tribulações da vida inseridos neste mundo. Amor pelo qual "Diligentes fazendo o que Cristo ordenar. No labor, com fervor, a servir a Jesus; com firmeza e fé e com oração, até que volte o bom Senhor!", pois as nações pagãs gritam: "Queremos luz!" E por amor anunciaremos as novas de Jesus!
Perdoados sigamos no bom trabalho do Senhor e confiantes que o Seu glorioso dia virá!

Deus os abençoe, inspire e console.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

É Tempo


“Foi Cristo quem nos deu, por meio da nossa fé, esta vida na graça de Deus. E agora continuamos firmes nessa graça e nos alegramos na esperança de participar da glória de Deus.” Romanos 5:2


No dia 27 de março, nós, da IPI de Bela Vista, Osasco, SP, celebramos 58 anos da nossa amizade com Deus, no mesmo momento em que, como cristãos protestantes, experimentamos, no calendário litúrgico, o período na Quaresma. Tempo esse que nos leva à reflexão, a olharmo-nos como pecadores lavados e remidos no sangue de Cristo. Tempo também que nos convida a abraçar a nossa cruz mesmo em meio à festa, a arrependermo-nos e orarmos; e com alegria prepararmo-nos para a Festa da Páscoa e da Ressurreição do nosso Senhor Jesus Cristo.

É tempo de, pela graça mediante a fé, alegrarmo-nos na esperança de participar da glória de Deus, ainda que pareçamos loucos por adorar um Deus que padeceu numa cruz de maldição; nós, porém, O adoramos vivo e ressurreto! Ele é a razão de nossa fé, a razão pela qual celebramos o culto de ação de graças pelos nossos 58 anos em comunidade, porque por meio do Espírito Santo é Ele quem sustenta, com sua palavra poderosa, as nossas vidas.

No culto em que, solenemente, reconhecemos o senhorio de Jesus Cristo sobre a Igreja; reafirmamos o motivo pelo qual reunimo-nos como corpo santificado pelo Seu sangue: Jesus esperança do porvir! Celebramos a verdadeira, pura e santa amizade de Deus reconquistada por Cristo na cruz a qual adoramos vazia.

Celebramos também com o batismo e profissão de fé de nosso irmão Narciso de Oliveira e a profissão de fé de uma menor Gabriela Aleixo Correa.

O reverendo Eliseu Fonda, pastor da IPI Jardim Califórnia e atual presidente do Sínodo Osasco, foi o pregador da noite. Em sua homilia, esmiuçou tema: o olhar de Jesus na passagem narrada pela evangelista Lucas (cap. 22:31-34; 54-62) em que Pedro nega a Jesus; olhar que o fez relembrar as palavras de Jesus quando prometeu que morreria com ele: o arrependimento, a culpa, a vergonha tomaram conta de seu ser. Olhar que transformou o Simão pescador em Pedro o pescador de almas. Enfocou aquele olhar perdoador de nosso Senhor ao ladrão que estava pendurado na cruz ao lado da sua. Olhar que perdoa, transforma, restaura e cura, olhar que salva o pecador, olhar que não julga tampouco condena: o maravilhoso olhar de Jesus! Nossa igreja com 58 anos aprendeu a olhar como Jesus?

Fomos ricamente abençoados com o louvor do Grupo Shelter nossos irmãos do Presbitério de Carapicuíba; grupo com o qual, irmanados, construímos um laço de amizade, de amor e de carinho mútuos.

Rendamos graças pelo ministério deles! Querido amigo e irmão em Cristo; não sabemos como está seu coração neste dia, sabemos que as dificuldades, as dores, as perdas e as privações existem, contudo, e com toda a convicção e alegria relembremos as palavras de encorajamento e de esperança de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo: “Eu digo isso para que, por estarem unidos comigo, vocês tenham paz. No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem. Eu venci o mundo.” João 16:33

terça-feira, 15 de março de 2011

Cidade da Criança: o vale de bênçãos






“Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles a quem ele chamou de acordo com o seu plano.” Romanos 8:28

“Re opitulandum, non verbis (Obras são amores e não palavras)”
Provérbio latino

Destacamos os dois excertos acima para relatar a nossa alegria em servir como mensageiros e administrados da graça de nosso Senhor Jesus Cristo.
Em janeiro passado no dia 29, envolvemo-nos afetivamente com as crianças e adolescentes da Cidade da criança no Vale da Bênção em Araçariguama na entrega de bíblias que fizemos como representantes da mocidade presbiteriana independente de Osasco para 75 crianças e adolescentes. Sentimo-nos como Paulo e Silas quando esses chegaram a Bereia (Atos 17:10-11), porque também fomos recebidos por pessoas educadas com as quais compartilhamos uma mensagem de esperança e verdadeira.
Cantamos, oramos, lemos e louvamos em uníssono com toda a alegria que o Espírito pode nos dar. Foi um momento ímpar para os quatro jovens que participaram da entrega e da devocional (Willian Franklin Moreia, Simony Oliveira, Carlucio Farias Pontes e, eu, Juliana de Araujo) além de dois amigos os quais nos acompanharam: Daniel Mendonça e Creuza Machado de Oliveira.

Podíamos vislumbrar em seus rostos a alegria quando entregamos um volume da bíblia (NTLH) a cada um de acordo com a idade. Depois da entrega sugeri que lêssemos alguns versículos de Romanos 8, pois era a mensagem a qual desejamos compartilhar com eles. Encerramos com a oração que o Senhor Jesus nos ensinou.
Posterior a devocional, fomos visitar a casa dos bebês e deparamo-nos com uma placa na qual dizia que a Cidade da criança fora construída com investimentos do governo da Finlândia e apercebemo-nos quão importante é o investimento financeiro na vida dessas pessoinhas, e quanto ainda falhamos no viver o Reino de Deus em nosso dia-a-dia.
Supreendeu-nos também uma novidade: nós fomos os primeiros a ofertar bíblias às crianças e adolescentes de ali. Soubemos que há muitas igrejas parceiras cujo intuito é oferecer recursos financeiros além do oferecido pelos governos: municipais, estaduais e federais. Ora Cristo disse: “O ser humano não vive só de pão, mas vive de tudo o que Deus diz.” Percebemos que o hábito do cristão de ofertar um bíblia caiu em desuso, há algo errado? Como ouvirão se não há quem pregue? Digo ainda: como lerão se não quem a bíblia oferte?
Obras são amores e não palavras. Eis o provérbio latino o qual reafirma a verdade da cruz: “Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna.” João 3:16. Aprendamos não só decorar o versículo para a escola dominical, mas também vivê-lo e apregoá-lo perenemente.

Essa experiência certamente mudará qualquer cristão que vive o evangelho! Reaprendamos a compartilhar nossas bênçãos e a alegria de cantar: “Que segurança SOU DE JESUS!”
Oremos pelas crianças e adolescentes, conheçamos e participemos das suas vidas. Investir no Reino Deus é o caminho!
Por fim desejamos apenas destacar nosso carinho à Cidade da criança, às “mães” que cuidam e amam cada uma das crianças e em especial à Rosana que nos recebeu com muita felicidade e emoção.
Deus abençoe a todos em Cristo Jesus!

“Ao Rei eterno, imortal e invisível, o único Deus — a ele sejam dadas a honra e a glória, para todo o sempre! Amém!”I Timóteo 1:17




Pela Coroa Real do Salvador

Juliana de Araujo

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ex-muçulmano compartilha sua primeira experiência com seminário


12/2/2011 - 06h30

Dhaka, em Bangladesh
BANGLADESH (47º) - "Nós somos perseguidos pela nossa família e pela sociedade de muitas formas: mentalmente, financeiramente, fisicamente, emocionalmente e moralmente", disse Moniruzzaman Mollah, um ex-muçulmano rural de Gopalpur, distrito de Tangail, distante cerca de 90 km da capital de Bangladesh, Dhaka. Ele participou do seminário da Portas Abertas "Permanecendo Firme Através da Tempestade" (PFAT) no ano passado. Essa foi sua primeira experiência com o PFAT.

"Apreciei muito o PFAT. A sessão sobre a Constituição de Bangladesh é especialmente útil para mim. Eu nunca tive a oportunidade de estudá-la e entender os meus direitos como cristão. Nossa lei nos permite compartilhar o evangelho com os outros e observar as tradições e práticas cristãs. É encorajador aprender isso", acrescentou Moniruzzaman.

O programa PFAT é um seminário de três dias que dissemina os princípios bíblicos sobre perseguição, de forma que os cristãos sejam esclarecidos nesses quesitos. Uma das sessões proporciona conselhos práticos sobre como responder aos desafios de seguir a Cristo em lugares onde existem hostilidades. Portas Abertas fornece manuais traduzidos na linguagem local, para que os participantes, assim como Moniruzzaman, possam ensinar outros cristãos em seus respectivos vilarejos.

Além do ensinamento, o PFAT é também uma das raras ocasiões em que esses cristãos se encontram para confraternizar, trocando histórias e oração. Como participante pela primeira vez, Moniruzzaman pôde ouvir testemunhos e experiências de perseguição de seus companheiros ex-muçulmanos e até de cristãos de outros países.

"Fiquei comovido com as histórias das pessoas que vieram de diferentes partes de Bangladesh e do mundo. Um professor compartilhou uma experiência pessoal que abriu meus olhos para as várias formas de perseguição que os cristãos enfrentam", disse ele.

Os cristãos rurais representam a maioria dos cristãos em Bangladesh. Para eles, a perseguição é uma realidade diária. Novos cristãos sentem imediatamente a pressão de famílias e parentes para retornar à sua religião antiga. Eles perdem seus empregos e outros tipos de sustento, assim que seus vizinhos e os líderes do vilarejo são informados de sua conversão. Algumas vezes, medidas extremas são tomadas contra eles, na forma de isolamento da comunidade, expulsão de suas casas e ataques físicos.

Através do PFAT, a Portas Abertas espera preparar os cristãos em Bangladesh para reagir com sabedoria, perdão e bondade, especialmente em relação a seus perseguidores.

"Agora eu sei que, quando a perseguição vem, é momento de permanecer firme através da oração e leitura da bíblia. Não é momento de contender com as pessoas que me perseguem. Mesmo nos momentos de dificuldade, eu continuarei amando os outros, falando-lhes acerca da salvação de Cristo. Sou grato às pessoas que organizaram este seminário para nós", compartilhou Moniruzzaman.

Nós somos igualmente agradecidos ao Corpo de Cristo mundialmente por apoiar o programa PFAT. Em 2011, por favor, continue nos apoiando em oração e contribuindo, enquanto mantemos oito seminários SSTS em Bangladesh, que devem atingir 480 cristãos. Vinte (20) professores locais também passarão por um programa de treinamento, para fazê-los mais efetivos no ensinamento das lições do seminário.


Tradução: Luis Felipe Carrijo Silva



Fonte: Portas Abertas http://www.portasabertas.org.br/
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