sexta-feira, 30 de abril de 2010

Esboço

Rubem Alves, certa vez, afirmou que as histórias são criadas a partir de cacos de memórias, de pedaços de nós (sejam vividos ou ouvidos). E, de certa forma, escrever é ter um pouco de mim: saudades, memórias, amores, ideais... Mas também um pouco daquilo que sonhei e não tive. Dos livros que li até hoje: miscelânea de sentimentos os quais a vida – esse grande livro a se escrever –, as pessoas – personagens deste – propiciam-nos.
A história – o livro – é uma forma de abençoar uma vida que não foi abençoada - segundo Clarice Lispector -, projetar as reminiscências de uma vida que se quis e não se pôde vivê-la: memórias de um passado preso à imaginação de quem a escreve e a idealiza.
O ato de escrever é uma forma de compartilhar tudo que se tem de bom e de mau com o mundo: o mais recôndito de seus sentimentos, de suas vontades. Revelar-se ao outro e encontrar-se nele; esse é o viver sem fronteiras...

Desabrochei na faculdade. O fantástico mundo das Letras propiciou-me um descobrimento de mim mesma na palavra, no ato de escrever. Revelou-me que a leitura é uma proposição de felicidade como bem afirmou Mário de Andrade. E ser, portanto, escritor-leitor proporciona momentos vários dessa tal felicidade; experiências de vida na palavra: vivida, ouvida, escrita...

Escrever é esperar ser lido e as palavras esperam isso, almejam encontrar com suas “irmãs” as quais ainda não brotaram para propiciar-lhes esperança e dar fôlego para uma nova caminhada: diacrônica, diatópica, diastrática e diafásica; o viajar sem fronteiras... do qual almejamos experimentar, mesmo que o viver se restrinja a um sonho transposto: do papel à realidade (do sonho). Por isso, creio que escrever seja uma forma de poder viver uma nova (ou novas) realidade: sonhada, idealizada numa vida para qual, talvez, o tempo não propicie espaço. Quiçá, seja, uma forma de viver outras vidas, ter autonomia para destiná-las, muito embora, mesmo na ficção, não tenhamos muitas escolhas, pois de fato, as palavras falam por si e, como já foi ressaltado, são vivas, uma vez escritas seguem seu caminho...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Vera Páscoa

“(...) Sentou-se à mesa com eles, pegou o pão e deu graças a Deus. Depois partiu o pão e deu a eles. Aí os olhos deles foram abertos, e eles reconheceram Jesus.”
Lucas 24: 30-31

O excerto destacado acima, extraído do Evangelho de Lucas 24:13-35, foi um dos enfoques da pregação do Rev. Luciano de Souza – IPU – na federação dos jovens do Presbitério Osasco e Carapicuíba realizada na 1ª IPI Carapicuíba no dia 10 de abril–, em que abordou como um dos temas a importância da comunhão “ao redor da mesa” do corpo da Igreja, e de ouvirmos e seguirmos a voz de Deus. Outro ponto abordado foi a respeito da importância do diálogo: “sobre o que conversamos quando passamos por tragédias, perdas, mortes? Todos ouviam e, de certo, refletiam como eu mesma fiz: viver o Reino é proclamá-lo, é ter certeza daquilo que Deus nos prometeu e selou no batismo. Ter o Espírito Santo com Auxiliador é um refrigério para nossa alma; é, contudo, sempre que temos essa certeza?
A explanação da mensagem serve como alerta: há muitos jovens a perder suas vidas entregando-se as paixões deste mundo, os quais ainda não ouviram a mensagem de salvação pregada na cruz. É tempo de semear, de trabalhar pela eternidade das pessoas, sair a semear para que Deus dê o crescimento!
Há ainda muito que fazer “A colheita é grande mesmo, mas os trabalhadores são poucos” (Mt 9:37)
Tivemos momentos muito agradáveis enquanto louvávamos ao Senhor Jesus; todas as músicas cantadas nos remetiam a nossa Vera Páscoa (porque ainda experimentamos, dentro do Calendário Cristão, a Páscoa do Senhor) “Não parecia que o nosso coração queimava dentro do peito quando ele nos falava na estrada e nos explicava as Escrituras Sagradas?” (Lc 24:32). É uma experiência agradabilíssima participarmos de um culto em que jovens se uniram no intuito de expressar sua gratidão a Deus pela salvação em Jesus Cristo.
Louvamos, oramos, lemos, encenamos tudo para honra e glória do Deus vivo, “autor e consumador da fé” (Hb 12:2), uma festa para celebrar nossa salvação!
“Quando Cristo veio e entrou, uma vez por todas, no Lugar Santíssimo, ele não levou consigo sangue de bodes ou de bezerros para oferecer como sacrifício. Pelo contrário, ele ofereceu o seu próprio sangue e conseguiu para nós a salvação eterna.” Hebreus 9:12
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