quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Digno de todo louvor

“Então eles se jogaram diante do trono, encostaram o rosto no chão e adoraram a Deus, dizendo: - Amém! Ao nosso Deus pertencem para todo o sempre o louvor, a glória, a sabedoria, a gratidão, a honra, o poder e a força! Amém!” Apocalipse 7:11b-12

Dentre os dons distribuídos por Cristo Jesus, o da música é de fato fundamental na nossa vida cristã diária; sobretudo, como no versículo acima em que o Deus Trino é glorificado e digno de nosso louvor. Por isso agraciou a todos porque “no meio dos louvores Deus habita” ou conforme a primeira pergunta do nosso Catecismo Maior: “Qual é o fim supremo e principal do homem? O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.”
Conforme os dois primeiros versículos do segundo capítulo da Carta aos Romanos, o apóstolo Paulo afirma e orienta-nos a uma vida de adoração a Deus total e completa, pois o louvor é agradável ao Senhor. Nossa vida deve ser um culto diário ao Senhor, “essa graça nos ensina a abandonarmos a descrença e as paixões mundanas e a vivermos neste mundo uma vida prudente, correta e dedicada a Deus...” Tito 2:12. Assim também os judeus louvavam a Deus em todas as ocasiões para agradecê-lO pelas bênçãos derramadas sobre eles, dentre elas: em sepultamentos, para comemorar vitórias, em casamentos e em reuniões de adoração. No primeiro livro das Crônicas no capítulo dezesseis verso quatro, o rei Davi nomeou alguns levitas para dirigirem a adoração ao Senhor em frente da Arca da Aliança, Asafe foi nomeado o chefe deles, autor de doze salmos. O livro dos Salmos foi composto e musicado com o propósito de o povo cantá-lo nas reuniões de adoração e foi usado por muito tempo por nós, cristãos. A história do mundo judeu e cristão foi e é circundada pela música.
Na história do povo judeu, os descendentes de Caim foram os fundadores da “cultura”, Jubal (Gn 4:21) foi o antepassado de todos os músicos que tocavam lira e flauta.
No Evangelho de Lucas, há um registro de quatro hinos cristãos, os Hinos do Advento, conhecidos pelos seus títulos em latim: o Magnificat – anuncia a grandeza (Lc 1:46-55), o Benedictus – louvemos o Senhor (Lc 1:68-79), o Nunc Dimitis – podes deixar partir (Lc 2:29-32) e o Gloria in Excelsis – glória nas alturas (Lc 2:14). Não podemos deixar de mencionar a importância do Advento, o qual está inserido no nosso calendário cristão, período no qual a Igreja não apenas relembra a vinda de Cristo como tem os olhos voltados para a sua segunda vinda (período o qual se iniciou no domingo dia vinte e oito de novembro).
Os irmãos, certamente, está a se perguntar: por que este texto foi composto? Circundamos dentro da história o tema da música, da adoração, do culto porque no dia vinte de novembro, celebramos e agradecemos pelo dia do músico cristão, dia em que o Rev. João Wilson Faustini nasceu e todos os coralistas e músicos sabem a importância desse dia para a música sacra. Também temos à memória nesta mesma data o nascimento da nossa querida e saudosa irmã Léa Denise Mendonça Rezende.
Desejamos render graças a Deus pela vida das pessoas, nas quais o seu Santo Espírito depositou uma porção a mais do dom da música: poetas, compositores, musicistas, músicos, coralistas e cantores. Àqueles que o louvam em Espírito e em Verdade quer na terra, quer na glória – os saudosos irmãos e irmãs em Cristo, os quais louvam e adoram ao Deus Altíssimo no céu. Nós, como protestantes, não podemos esquecer que os reformadores atribuíam especial importância ao canto congregacional, por isso reunimo-nos como Igreja para adorarmos a Deus em uníssono.
Desejamos compartilhar também com os irmãos a bênção do nosso hinário, o qual foi inspirado no “Salmos e Hinos” que completou na última quarta-feira, dia dezessete, cento e quarenta e nove anos desde a primeira vez em que os evangélicos brasileiros cantaram-no na Igreja Evangélica Fluminense. Rendamos graças pela vida da nossa irmã Sarah P. Kalley e seu marido Rev. Robert R. Kalley, os quais o organizaram; por irmãos como Fanny Crosby, uma poetisa cega que compôs mais de nove mil poesias e hinos, dos quais muitos cantamos com nosso CTP, como: 35 – Vem, Espírito Divino, 52 – O grande amor de Deus, 109 – A História de Cristo, 198 – Que segurança, 203 – Quero o Salvador comigo, 278 – Igreja, Alerta!, 309 – Serviço do Crente, 366 – Ao pé da Cruz.
E rogamos para que o Senhor continue a inspirar um novo cântico em nós cristãos, para “que a mensagem de Cristo, com toda a sua riqueza, viva no coração de vocês! Ensinem e instruam uns aos outros com toda a sabedoria. Cantem salmos, hinos e canções espirituais; louvem a Deus, com gratidão no coração. E tudo o que vocês fizerem ou disserem, façam em nome do Senhor Jesus e por meio dele agradeçam a Deus, o Pai.” Cl 3:16-17

Um comentário:

J.F.AGUIAR disse...

Ju, eu li atentamente... suas palavras os fatos e atos históricos
em relação a música e sua importância
na adoração ao nosso Deus. A lembrança de sua grande Amiga: Léa
lembranças eternas!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...