terça-feira, 20 de setembro de 2011

À Igreja de Cristo

Quando o Senhor nos chama para servi-lo, transforma as nossas vidas - a vida inútil a qual o apóstolo Paulo declara que levávamos - e concede, graciosamente, no batismo, a dádiva do Espírito Santo pelo qual recebemos a aprovação de Deus, a testemunha que nos garante a salvação, oferecida pelo único nome dado entre os homens para nossa redenção: Jesus Cristo.
Eis a nova vida, o novo olhar sobre o mundo! Sabemos que essa vida na graça que desfrutamos não recebemos por mérito, tampouco, necessitamos fazer algo para merecê-la. Pelo amor, o grande e infinito amor de Deus, é que ganhamos a bênção de participar da Igreja Santa de Cristo - a pedra angular - revestidos dEle, enviados para testemunhar e proclamar o evangelho.
Muitos de nós, quando se fala em missões, pensamos ser preciso abdicar do nosso suposto conforto, abandonar a família, viajar para a África (ou qualquer outro local com necessidades especiais), capacitar-se teoricamente... Não queremos com isso dizer que é o caminho errado, ou desnecessário, contudo, é preciso também lembrar que Jesus quando enviou os setenta alertou que a palavra seria posta em suas bocas! Ora se cremos no Espírito Santo de Deus, o qual nos capacita e envia, cremos também na sua inspiração: as oportunidades de testemunhar com a nossa própria vida: a vida útil e feliz para a qual fomos chamados.
Quando Cristo disse, no sermão da montanha, que devemos ser o sal (o qual dá sabor ao alimento além de conservá-lo), e a luz (com a qual revelam-se obstáculos, aponta o caminho, realça a beleza e dá segurança). Dessa forma, como o sal dá sabor, e a luz ilumina. Todo nosso ser: palavras, atitudes e gestos, revelarão a maneira graciosa como Deus nos amou, mesmo que não sejamos merecedores desse amor.
Muitos de nós também se enganam quando não entendem a predestinação: ora se Deus já preparou e escolheu de antemão para que, então, devemos evangelizar? Continuemos a viver as nossas vidas: frequentar os cultos, a escola dominical! Irmãos, enganamo-nos! Porque fomos chamados para servir, separados, convocados para o bom trabalho do Senhor: os bons administradores da fé, dos dons. A Bíblia também nos alerta: o dom é concedido para o corpo, não para si, para seu próprio benefício, mas sim, do outro, do corpo. Aprendi uma lição preciosa com um autor russo, Dostoiévski: "Devemos ser para outro o que Deus é para nós", será que é preciso acrescentar algo?
Se afirmamos que Deus é bom, o que devemos ser para o outro? Talvez, para alguns, o “silêncio” divino significa ausência, falta de zelo, desamor... Todavia, reflitamos: quando recebemos o abraço e o beijo sincero circundado de amor do outro, a mão estendida, o ombro pré-disposto a amparar, quem toma tais atitudes faz por recompensas do céu? Por gratidão a Deus pela bênção de participar da mesma família? Ou pelo amor fruto do Espírito Santo (Gl 5)?
A boa notícia do Evangelho precisa ser testemunhada por aqueles que usufruem da sua maravilhosa e santa influência. Nós, cristãos, somos chamados pelo Senhor para mostrar ao mundo que o grande obstáculo do pecado impede o pecador de receber a vida eterna; e que em Cristo obtemos o único caminho pelo qual somos conduzidos a Deus; eis a única maneira de se viver tranquilo neste mundo, porquanto depois desta vida desfrutaremos da presença plenificadora de Deus.
Sejamos para o outro aquilo que o Senhor tem sido para nós desde antes da nossa existência: todo amor!
Shalom Adonai!

Um comentário:

Adelino Alves Bonfim disse...

Beem-vinda ao mundo das letras! Estava com saudades de seus escritos! Continue na Seara, plantando a semente do Amor!
Um abraço.

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