Quando o Senhor nos chama para servi-lo,
transforma as nossas vidas - a vida inútil a qual o apóstolo Paulo declara que
levávamos - e concede, graciosamente, no batismo, a dádiva do Espírito Santo
pelo qual recebemos a aprovação de Deus, a testemunha que nos garante a
salvação, oferecida pelo único nome dado entre os homens para nossa redenção:
Jesus Cristo.
Eis a nova vida, o novo olhar sobre o mundo!
Sabemos que essa vida na graça que desfrutamos não recebemos por mérito,
tampouco, necessitamos fazer algo para merecê-la. Pelo amor, o grande e
infinito amor de Deus, é que ganhamos a bênção de participar da Igreja Santa de
Cristo - a pedra angular - revestidos dEle, enviados para testemunhar e
proclamar o evangelho.
Muitos de nós, quando se fala em missões,
pensamos ser preciso abdicar do nosso suposto conforto, abandonar a família,
viajar para a África (ou qualquer outro local com necessidades especiais),
capacitar-se teoricamente... Não queremos com isso dizer que é o caminho
errado, ou desnecessário, contudo, é preciso também lembrar que Jesus quando
enviou os setenta alertou que a palavra seria posta em suas bocas! Ora se
cremos no Espírito Santo de Deus, o qual nos capacita e envia, cremos também na
sua inspiração: as oportunidades de testemunhar com a nossa própria vida: a
vida útil e feliz para a qual fomos chamados.
Quando Cristo disse, no sermão da montanha, que
devemos ser o sal (o qual dá sabor ao alimento além de conservá-lo), e a luz (com
a qual revelam-se obstáculos, aponta o caminho, realça a beleza e dá segurança).
Dessa forma, como o sal dá sabor, e a luz ilumina. Todo nosso ser: palavras,
atitudes e gestos, revelarão a maneira graciosa como Deus nos amou, mesmo que
não sejamos merecedores desse amor.
Muitos de nós também se enganam quando não
entendem a predestinação: ora se Deus já preparou e escolheu de antemão para
que, então, devemos evangelizar? Continuemos a viver as nossas vidas:
frequentar os cultos, a escola dominical! Irmãos, enganamo-nos! Porque fomos
chamados para servir, separados, convocados para o bom trabalho do Senhor: os
bons administradores da fé, dos dons. A Bíblia também nos alerta: o dom é
concedido para o corpo, não para si, para seu próprio benefício, mas sim, do
outro, do corpo. Aprendi uma lição preciosa com um autor russo, Dostoiévski: "Devemos ser para outro o que Deus é
para nós", será que é preciso acrescentar algo?
Se afirmamos que Deus é bom, o que devemos ser
para o outro? Talvez, para alguns, o “silêncio” divino significa ausência, falta
de zelo, desamor... Todavia, reflitamos: quando recebemos o abraço e o beijo
sincero circundado de amor do outro, a mão estendida, o ombro pré-disposto a
amparar, quem toma tais atitudes faz por recompensas do céu? Por gratidão a
Deus pela bênção de participar da mesma família? Ou pelo amor fruto do Espírito
Santo (Gl 5)?
A boa notícia do Evangelho precisa ser
testemunhada por aqueles que usufruem da sua maravilhosa e santa influência. Nós,
cristãos, somos chamados pelo Senhor para mostrar ao mundo que o grande
obstáculo do pecado impede o pecador de receber a vida eterna; e que em Cristo obtemos
o único caminho pelo qual somos conduzidos a Deus; eis a única maneira de se
viver tranquilo neste mundo, porquanto depois desta vida desfrutaremos da
presença plenificadora de Deus.
Sejamos para o outro aquilo que o Senhor tem
sido para nós desde antes da nossa existência: todo amor!
Shalom Adonai!
Um comentário:
Beem-vinda ao mundo das letras! Estava com saudades de seus escritos! Continue na Seara, plantando a semente do Amor!
Um abraço.
Postar um comentário